quinta-feira, 11 de julho de 2013

União e Sabedoria

Em muito me honra poder explanar sobre as palavras que fazem parte do nome de nossa Loja, pois, se foram escolhidas por nossos ancestrais, muitos foram os motivos para tal, e com certeza foram muito felizes nessa escolha.
Quando o fizeram, conseguiram enxergar o futuro, conseguiram determinar o destino desta Oficina, a qual teve, tem e terá sempre União e Sabedoria.
O nome, sabiamente escolhido, resume tudo àquilo à que a Maçonaria se propõe. União em todos os sentidos, de pessoas, de sentimentos, de conhecimentos e a Sabedoria adquirida na experiência da vida, nos estudos maçônicos e no aprendizado curricular. Muito embora todas as Lojas tenham seus nomes originados nos ensinamentos maçônicos, apenas algumas conseguiram essa felicidade e nossa Loja é uma delas.
Na linguagem popular do nosso povo, essas duas palavras, trazem consigo seus significados específicos. Seus sinônimos ou definições são traduzidos das seguintes formas: União é a junção de duas ou mais pessoas; ajuntamento; junção; contato; adesão; casamento; enlace; ato ou efeito de unir; liga; confederação; aliança; conformidade de esforços ou pensamentos; concórdia e Sabedoria é o conhecimento da verdade; qualidade do que é sábio; grande soma de conhecimentos; saber; ciência; erudição; prudência; razão; retidão; justiça; conhecimento inspirado das coisas divinas e humanas.
Suas definições têm significados relevantes em nossas vidas profanas e maçônicas, mas talvez nas suas essências elas tenham muito mais a representar.
Na vida maçônica elas têm influência em todo o seu conteúdo. Os nossos Mestres quando nos transmitem os seus conhecimentos são unânimes, ressalvando-se as diferenças devidas entre os respectivos graus simbólicos, em que todos os Maçons devam ter sempre em mente, pelo menos, três imposições na jornada que regem as nossas vidas na Maçonaria: o trabalho, a ciência e a virtude.
Para a execução de qualquer trabalho se requer a exata medida do esforço e do conhecimento. Quando do esforço temos a união de vários fatores, físicos e/ou mentais, e o conhecimento sobre determinada coisa é apenas uma parte da sabedoria que cada um de nós possui.
A ciência é a busca do saber a que a Maçonaria se propõe, é o conjunto de conhecimentos. Podemos dizer que a ciência é a união de sabedorias específicas acumuladas.
As virtudes como conjunto de todas as qualidades morais boas traz dentro de si a união de várias faculdades adquiridas com a sabedoria absorvida com as experiências de vida.
Quando afirmei que União e Sabedoria têm total influência em nossas vidas maçônicas, estava referindo-me ao fato de que somos levados a entender os significados de muitos simbolismos, e dentre eles os dos sentidos e das artes liberais, ou seja, somos levados a saber individualmente sobre cada um dos sentidos e das artes, e conhecer os seus significados. Não obstante, mesmos sabedores de que os sentidos podem atuar isoladamente e as artes liberais podem ser utilizadas também de forma isolada, temos que reconhecer que a união dos dois é que faz o homem ser diferente das outras espécies. Os seus conhecimentos e usos quando utilizados de forma correta levam a nós Maçons a nos conhecermos melhor e a termos uma conduta diferenciada.
Quando ouvimos alguns leigos falarem sobre maçonaria, a característica que mais fazem questão de ressaltar é a sua união. Com certeza esses leigos estão com a razão, pois é essa união que tem feito a Maçonaria ser forte, crítica, criticada e perpetuada no tempo. É a nossa união que nos tem dado o prazer das belas realizações, das quais somos protagonistas.
A nossa união faz com que homens aparentemente diferentes caminhem juntos visando os mesmos objetivos. As suas diferenças são profanas, os seus objetivos são Maçônicos e unos.
Não é por acaso que essa união tem a sua representação na Romã, fruta una por fora, mas com diversidade e quantidade de sementes no seu interior. Por fora representa a Maçonaria, por dentro as suas Lojas e/ou membros.
E quanto a Sabedoria? A que tipo de sabedoria busca o Maçom?
Talvez a resposta seja a de que todo Maçom busca a sabedoria que lhe faça sentir-se bem consigo mesmo, com sua consciência. Quando falamos de sabedoria, podemos dizer que o homem vai a sua busca pretendendo alcançar a luz.
A nossa história da conta de que o homem quando ainda no primitivismo constituíam famílias que viviam isoladas; com o tempo passou a viver em grupo com outras famílias, percebeu que aquela era a única forma de sobrevivência, que isoladamente não tinha condições de disputa com os seres pré-históricos, que a união dos homens e a busca de conhecimentos eram sinônimas de esperança, e que as duas juntas passariam a ser condição “sine qua non” para a sobrevivência da espécie.
O certo é que naquele momento estavam nascendo os alicerces do que hoje, em Loja, nos propomos ser, fazer e ter: “União e Sabedoria”.
Verificamos que alguns Irmãos defendem, com certa veemência, a tese de que a Maçonaria teve seu nascimento nos idos do século XIV, a partir de quando teríamos conhecimento dos primeiros registros ou a partir do século XVIII quando deixamos de ser operativos para sermos especulativos.
Não concordamos com tal pensamento. Os nossos conhecimentos e simbolismos são oriundos de época e civilizações remotas. Temos conhecimento de que a proposta da Maçonaria para com o homem é fazer com que se aprimore e ajuste os seus valores pessoais. Tenho certeza de que nossos conhecimentos e simbolismos foram resgatados do que de bom esses homens e civilizações nos deixaram, bem como no início da civilização humana já existiam homens que estivessem enquadrados nos propósitos maçônicos.
Ou será que os essênios, judeus, egípcios e outros povos, bem como Jesus, Tiago seu irmão, João Batista e outros homens não existiram?
O que com certeza houve posteriormente foi uma organização de procedimentos, conhecimentos e interpretações de estrutura institucional.
A solidez esta nas fundações. A Maçonaria não foge a regra, instituição tradicional que é sempre teve seus alicerces e ritualisticamente tem como base as Colunas do Norte e do Sul, nomeadas como Boaz e Jaquim e filosoficamente como sendo representantes da Força e da Estabilidade, do Real e do Sacerdotal, do Físico e do Espiritual.
Nesta etapa do raciocínio somos obrigados a fazer algumas comparações, desde que não tornemos nossos pensamentos absurdos ou distorcidos.
No Grau de Aprendiz aprendemos que a Coluna do Norte é representante da Força, e a definição de Força é muito ampla, porém, se raciocinarmos que algo ou alguém agindo de forma solitária tem certo poder de absorção ou de irradiação e que esse poder é consideravelmente maior quando esse algo ou alguém vem a ser unido a outro, mesmo que os nossos dicionários não definam da mesma forma, podemos afirmar que Força é igual à União.
Os exemplos são claros, tudo que é representado em maior número tem maior força e essa força maior só se faz apresentada por razão de uma união.
Na Maçonaria União e Força podem ser consideradas como sinônimos.
A filosofia da maçonaria está na União e ela se faz representada de inúmeras formas, unem-se os homens, os conhecimentos, as experiências, os projetos, os objetivos, as classes sociais, as etnias, as religiões.
Poderia afirmar que União, se não é o maior, é um dos principais alicerces da Maçonaria. Já tivemos divergências conceituais, ritualísticas e filosóficas, de grupos e pessoais, de momento e históricas, mas nunca deixamos de estar unidos em nossos maiores e melhores objetivos. Somos todos suficientemente inteligentes para sabermos que nossas vozes são limitadas e precisamos uns dos outros para que haja a correta difusão.
O significado de União é tão importante para a Maçonaria que quando iniciamos nossa jornada como Aprendiz somos levados ao desbastamento das arestas que trazemos dentro de nós. As boas e más virtudes são inúmeras e não se pede que se melhore ou erradique uma ou outra, o que se pede é que tratemos de todas com igual atenção, sempre visando o nosso melhoramento. A União nesse caso esta contida nas boas e más virtudes, ao Maçom é solicitada atenção para com o conjunto e não a alguma delas especificamente.
A Coluna do Sul conforme os ensinamentos é representante do espiritual, do sacerdotal.
Se formos um pouco observadores encontramos nas definições desses conceitos a ligação entre esta Coluna e a Sabedoria.
Quando das instruções do Grau de Companheiro temos acesso a compreender o que significam e representam as artes liberais, os números, os sentidos. É nesse Grau que começamos a administrar os nossos conhecimentos, e conhecimento com o tempo torna-se Sabedoria.
Sabedoria, assim como União, é uma palavra de significado muito amplo, ela não se restringe somente à absorção de conhecimentos específicos, até porque ela intimamente esta ligada as nossas boas virtudes. A Sabedoria é utilizada no momento certo e na medida exata quando aplicamos as nossas boas virtudes.
Quando definimos filosoficamente a Coluna do Sul, lhe damos conotação de que sua existência se faz para representar tudo àquilo que o homem tem que ter guardado dentro de si e que está contido na sua inteligência e sentimentos. A Sabedoria é abstrata, ela só se faz presente quando da irradiação de nossa energia para outrem. Sabedoria não se mede, pois ela pode apresentar-se nos mínimos detalhes, às vezes chega a ser imperceptível.
Quando alguns Mestres definem a Coluna do Sul como representante do sacerdotal e do espiritual, eles nos levam ao raciocínio de que esta Coluna está vinculada a Sabedoria. Sacerdotal está ligado a sacerdote, e para se chegar a essa fase o homem tem que estar em um estágio mais elevado, e para que se chegue a esse estágio é necessário que se tenha tempo de vida e como sabemos maior tempo de vida nos leva a uma maior quantidade de conhecimentos acumulados ou a uma maior experiência de vida e como já dito anteriormente experiência de vida é igual à Sabedoria.
A Sabedoria não se mede somente pelo quociente de inteligência de alguém. A Sabedoria está também no momento em que usamos a solidariedade, a tolerância, a justiça e outras virtudes mais. A Sabedoria serve para dar estabilidade a nossas ações.
Das definições já apresentadas referentes às Colunas Boaz e Jaquim, poderíamos dizer que elas também são representantes da União e da Sabedoria.
Qualquer sociedade na sua plenitude é sustentada por União e Sabedoria.
As colocações anteriores são simples exemplos de que as palavras União e Sabedoria estão presentes em todos os momentos da vida profana e da vida maçônica.

Ao realizar este trabalho, me foi proporcionada à satisfação, de depreender que arrogância, prepotência, subestimação, vaidade e outras más virtudes não são elementos que fazem parte do “cimento” que é utilizado na constituição dessas duas Colunas que são União e Sabedoria. A humanidade não se agrada de atos isolados e muito menos dos não formados de bons sentimentos. Por isso, União e Sabedoria não são exemplos, são metas a serem buscadas incessantemente e quando conseguimos alcançá-las, dimensioná-las e exercitá-las da melhor forma e intensidade conseguimos mostrar o real objetivo da Maçonaria.

Enviado pelo Venerável Mestre Robson Cerqueira Ferreira

terça-feira, 1 de janeiro de 2013

Feliz ano novo!!!







Caros irmãos!

Ano novo é sempre sinal de recomeço, de renovação e continuidade, sei que todos procuram traçar novas metas ao final de cada ano para colocar em execução no ano seguinte , pois bem não esqueça nesse novo ano que esta começando de agir como um verdadeiro Maçom...

Comece o ano e pense na melhor forma de exercer a maçonaria, pois ela não é apenas ritualística, filosófica, decorar seus passos e tradições tão somente não fará de você um bom Maçom.

Pense a esse respeito, pense que existem muitas coisas que o maçom deve fazer , passando por compreensão , caridade, bondade, respeito, amizade, carinho , responsabilidade , pouco adianta você querer salvar o mundo e derrotar todas as injustiças sociais , comece pela sua casa, sua família , com seus amigos, com seus colegas, com a natureza, faça sua parte e harmonize-se com o meio que você vive e observe se é realmente respeitado , se assim se considerar já estará merecendo o titulo de Maçom...

    M:. M:. Flávio Minghini                          Lauro de Freitas 01 de janeiro dec 2013